Os últimos dias tem sido de extrema efervescência na política do Maranhão. Supostos prints “vazados” de uma conversa entre Felipe Camarão (PT) e um blogueiro, apresentando comentários misóginos em relação a deputada estadual Mical Damasceno (PSD), fizeram com que o desenho político para 2026, fique mais claro pelo lado dos Palácio dos Leões.
Com Felipe Camarão fragilizado e tratado como alguém praticamente fora da disputa pelo Governo do Maranhão, o Palácio dos Leões trabalha com a hipótese de efetivar Orleans Brandão (MDB), como pré-candidato a governador de forma oficial e a partir dessa decisão, definir as composições para Senado e vice-governador.

O cenário principal no momento é trabalhado com a hipótese de Felipe Camarão não deixar o cargo de vice-governador em troca de uma disputa para deputado federal ou uma vaga no TCE (duas estão em aberto e uma terceira abrirá em 2026).

Felipe não renunciando em abril, Carlos Brandão (PSB), seguirá na cadeira de governador e apoiará Orleans Brandão. Neste cenário, as vagas de Senado ficariam para Weverton Rocha (PDT), provável indicação do presidente Lula e ele sendo o responsável por articular a permanência do PT no Governo, independente da decisão de Felipe Camarão. A segunda vaga seria de André Fufuca, hoje no PP-União, mas que já é aconselhado a filiar-se em um partido da base lulista, preferencialmente seria o próprio PT.
Com a saída de Fufuca da Federação PP-União, Brandão não deixaria de fora da chapa majoritária um dos maiores partidos do país, portanto a vaga de vice seria oferecido ao partido, que deve indicar Pedro Lucas Fernandes.

Em um cenário em que Felipe Camarão aceitasse uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão ou até mesmo disputar o cargo de deputado federal, Carlos Brandão renunciaria ao cargo de governador, garantindo Iracema Vale (PSB), como responsável pela transição.
Neste cenário, Orleans Brandão segue sendo o candidato com Carlos Brandão ao Senado Federal e Weverton Rocha como segundo nome. A vaga de vice ficaria em aberto para o PP-União discutir, inclusive havendo a possibilidade de ser ocupada por André Fufuca, preferencialmente filiado pelo PT e isto não traria tanta discussão interna no PP-União, pois lá, existe um entendimento que uma vaga na majoritária deve ser do partido pelo seu tamanho e para diminuir a concorrência na disputa de deputado federal que ainda teria Pedro Lucas, Juscelino Filho, Amanda Gentil e provavelmente Duarte Júnior.

Em ambos os cenários, fica evidente que dois nomes são praticamente certos para o Palácio dos Leões, Orleans para Governo e Weverton para o Senado. E logo percebe-se que o nome de Eliziane Gama (PSD), é praticamente ignorado, deixando evidente que o destino da senadora pode ser outro em 2026.
O certo é que todas essas articulações são movimentos em um conjunto desejado de forças para formação de uma engenharia política em torno de um grupo político, mas é sempre bom lembrar que “falta combinar com o povo”, pois este é soberano e tudo que está sendo “maquinado hoje”, pode ocorrer completamente ao contrário, a história está aí para provar as mudanças que ocorreram, mesmo diante dos anseios políticos. VIA BLOG DO DIEGO EMIR.