Uma reunião realizada pelo Diretório Estadual do PCdoB, no início da semana, acirrou ainda mais o ambiente de divisão entre os afiliados da legenda.

Membros do partido comunista maranhense têm se queixado de decisões monocráticas, por parte de lideranças, atuando equivocadamente, nos rumos da política estadual, desde a desautorização, pela Federação Brasil da Esperança (FE BRASIL), para o ingresso como amicus curiae na Ação Direta de Inconstitucionalidade, que questionava procedimentos na indicação para vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA).
O motivo tem sido a imposição de uma aliança política do pré-candidato, Felipe Camarão (PT), com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide para as eleições do ano que vem ao Governo. O deputado federal Márcio Jerry, presidente estadual do PCdoB, faz defesa enfática de aproximação do partido com Braide como forma de “enfrentamento” do governo Brandão. A proposta desagrada alguns membros mais orgânicos do partido, contrários à ideia de união com uma liderança de campo ideológico contrário e com perfil de político “sem grupo”. Jerry é avaliado como um “petista” de alianças pragmáticas e não um comunista-raiz. Filiados reclamam que o PCdoB no Maranhão seria uma espécie de “PT do B”, capitaneado pelo deputado Othelino Neto.
Durante o encontro, o clima foi muita hostilidade, quase de agressões físicas durante as discussões no partido da “foice” e do “martelo”. Agora, o partido que elegeu Flávio Dino no Maranhão como o primeiro governador de sua história enfrenta o fantasma da dificuldade em reeleger até mesmo seus parlamentares nas eleições de 2026.

Graduado em Jornalismo, Luiz Antonio Morais é pós-graduado em Design Gráfico e Publicitário. Mantém o blog desde 2008, um dos mais antigos do Estado.




