O Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu nesta sexta-feira (19), conceder liberdade ao prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Peixoto Moura Xavier, acusado de matar o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no dia 6 de julho.
O gestor deixará a prisão para responder ao processo em regime de medidas cautelares, com monitoramento eletrônico e restrições definidas pela Justiça.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu no Parque Maratá após um desentendimento entre o prefeito e o policial, relacionado ao farol do veículo de João Vitor. Testemunhas relataram que Geidson, armado e sob efeito de álcool, iniciou agressões verbais e físicas. Em seguida, o prefeito teria reagido e efetuado cinco disparos. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
A defesa sustenta que houve legítima defesa, argumento reforçado por laudo técnico que aponta disparos feitos em sequência e de frente, sugerindo reação imediata. A Polícia Militar confirmou que o policial havia sido orientado a se retirar do evento, mas permaneceu no local portando arma de fogo.
Na decisão, o Tribunal avaliou que não existem indícios de que a manutenção da prisão seja necessária para garantir a ordem pública ou o andamento do processo. Como condições para a liberdade, o prefeito está proibido de manter contato com testemunhas, de circular em determinados horários e de frequentar bares e casas noturnas, além de ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Licenciado do cargo desde julho, João Vitor Peixoto continuará afastado enquanto aguarda o julgamento. (O Informante)
Graduado em Jornalismo, Luiz Antonio Morais é pós-graduado em Design Gráfico e Publicitário. Mantém o blog desde 2008, um dos mais antigos do Estado.
