Por Herbert de Jesus Santos – Jornal Pequeno
Com grande presença de familiares, parentes, amigos e ex-colegas de agência de publicidade, foi velado o corpo do designer gráfico Élio (Aquino de Jesus) Moraes (Batata e Batatinha), na Pax União Centro, após seu falecimento no Socorrão 2, em 10 de junho, às 16h, vítima de AVC, para ser sepultado na tarde de ontem, em Viana (MA), sua cidade natal. Estiveram presentes, na cerimônia fúnebre, na Pax União: irmãos e sobrinhos; a poetisa e prosadora Arlete Nogueira da Cruz Machado; o jornalista, poeta, prosador e publicitário Alex Brasil e sua esposa, jornalista Esmeralda Frazão; Carlos Mallmann, publicitário (Mallmann Marketing) Roberto Duailibe Garcia e Jovelino (colegas da AB Propaganda), jornalista, poeta e prosador Herbert de Jesus Santos (cronista, redator deste semanário e ex-colega da AB Propaganda); médico Edivaldo Belira (clinicou muitos anos em Viana): Luís Viana (vizinho de Batata, na Cidade Operária); Ricardo Pororoca (com todos os funcionários da sua empresa de publicidade, no Edifício Colonial, na Rua Afonso Pena, onde Batata se achava, ultimamente, e que esteve com ele, desde as primeiras horas da sua internação hospitalar; Raquel Plat (que trabalhou na AB Propaganda), muito sentida com a morte de Batata, assim como Arlete, que desabafou, em prantos: “Já chorei muito a perda do Batatinha, assim que soube da triste notícia, ao telefone, por Alex Brasil!”
“Foi poeta, sonhou, amou na vida!” – Alex Brasil (proprietário da AB Propaganda, onde Batata foi aprimorando seu cabedal artístico publicitário, através dos tempos) não deixou sua preciosidade profissional por menos: “O Elio Moraes (afetivamente chamado de Batatinha por seus muitos amigos e admiradores) partiu apressadamente, ainda na sua juventude dos quarenta e nove anos; viajou para sempre em direção à eternidade, deixando em nós, seus irmãos na arte, na poesia e no humanismo verdadeiramente cristão, um imenso vazio, e, desde já, uma eterna saudade. E essa partida repentina do Élio, nosso irmão Batatinha, entre o pranto e o espanto da sua ausência precoce, lembra-me os versos de Álvares de Azevedo, que também tão jovem se despediu da vida: ‘Deitem o meu leito solitário/na floresta dos homens esquecida/à sombra de uma cruz e escrevam nela:/FOI POETA, SONHOU, AMOU NA VIDA.’ Sim, é como poeta, sonhador e um coração solidário que lembro e sempre lembrarei do Élio Moraes a quem admirava como profissional e guardava do lado esquerdo do peito numa sincera amizade tão rara e permanente. Perdemos, portanto, com a viagem ao infinito do Élio Moraes, não só um exemplar raro do gênero humano e do amor ao próximo, mas também um artista da estética criativa, um homem culto, que deixa rastro de luz em nossos corações e na história cultural do Maranhão!”
O capista de Nauro Machado -Batata era também o mais prestigiado digitador de obras literárias, nos últimos anos, dos autores maranhenses, dentre os títulos de Alex Brasil, Arlete Machado, José Jorge Leite Soares (Diretor de Relações Institucionais – Grupo Equatorial Energia) e das obras póstumas de Nauro Machado (de quem por um bom tempo fui o seu requisitado revisor literário). Quando Batata foi convidado por Arlete, esposa e viúva de Nauro Machado, para produzir capa de um dos inéditos de Nauro Machado, fui ao lançamento e os publiquei em texto especial no JP Turismo: Fortuna de Nauro Machado. Lançada a 5ª obra inédita do genial poeta maranhense, no transcurso do seu 8° aniversário de falecimento: Foi lançado na terça-feira passada (28 de novembro de 2023), às 20 horas, no hall do Cine Lume, no Edifício Office Tower, na Av. Colares Moreira, no Renascença livro Chumbo e Rugas de Uma Boca Octogenária, deixado inédito pelo poeta Nauro Machado; na ficha técnica: projeto gráfico e edição: Arlete Nogueira da Cruz Machado, capa: Élio Moraes (Batata), finalização: Kerly Ferreira; e impressão: Halley S.A – Gráfica e Editora. Na ocasião, foi exibido na tela do cinema o curta-metragem Infernos, do filho de Nauro e Arlete, cineasta Frederico Machado, sobre o poeta, e a sessão de autógrafos reuniu admiradores, dentre jornalistas, escritores, músicos e teatrólogos, que atenderam ao convite de Arlete Machado: “Espera-se a presença dos companheiros e dos amigos de Nauro Machado ao lançamento aberto ao público em geral, para compartilhar com a família a alegria de mais um livro do poeta maranhense”.
Consoante Arlete Nogueira da Cruz Machado, nesse dia, 28 de novembro, Nauro Machado completaria oito anos que faleceu, deixando seis títulos de poesia por publicar. Ela já editou quatro desses livros, lançando agora o quinto, devendo publicar o último, Um Iceberg Para a Praia Grande, em 2025, quando Nauro Machado estará completando 90 anos de nascimento.