O Ministério Público do Maranhão, por meio da Promotoria de Justiça de Alcântara, instaurou um Procedimento Administrativo para apurar possível prática de crime de responsabilidade atribuída ao ex-prefeito Anderson Wilker de Abreu Araújo, que governou o município entre 2017 e 2020.
Assinada pelo promotor de justiça Raimundo Nonato Leite Filho, a medida foi formalizada em portaria publicada pelo MPMA nesta quarta-feira, 29.
De acordo com a representação criminal formulada pelo próprio Município de Alcântara, o ex-gestor teria deixado de prestar contas do Convênio nº 8.143.00/2018, firmado com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A omissão pode caracterizar crime de responsabilidade, nos termos do artigo 1º, incisos VI e VII, do Decreto-Lei nº 201/1967, que trata de infrações cometidas por prefeitos municipais.
Com a instauração do procedimento, o caso seguirá sob investigação para apurar eventuais responsabilidades e adotar as medidas cabíveis.
Outro caso
Em fevereiro do ano passado, Anderson Wilker foi alvo de uma investigação no MPMA determinada pelo Promotor de Justiça Marcos Valentim Pinheiro Paixão, responsável pela 40ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, após ser denunciado como “funcionário fantasma” na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Anderson, na ocasião, era aliado do deputado deputado Othelino Neto (PCdoB), ex-presidente da Alema. À época, o ex-prefeito chegou a receber ao todo 30 supersalários ocupando o cargo de Assessor Técnico Parlamentar na Mesa Diretora. (O Informante)
Graduado em Jornalismo, Luiz Antonio Morais é pós-graduado em Design Gráfico e Publicitário. Mantém o blog desde 2008, um dos mais antigos do Estado.
