AGENDA DE LUTA | Presidente do Sindjus-MA prega continuidade da luta e união durante encontro regional

O presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão (Sindjus-MA), George Ferreira, juntamente do Secretário Geral, Arthur Araújo Filho, participaram no último sábado (6/04) do 3º Encontro Norte-Nordeste da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud).

O evento aconteceu na cidade de Belém (PA), com a proposta de fortalecer o diálogo em torno das pautas que interessam servidoras e servidores da Justiça em todo Brasil e o Sindicato maranhense participou como filiado à entidade nacional.

Com uma agenda propositiva de trabalhos, dirigentes sindicais ouviram exposições e debates de temas relevantes e apresentaram suas contribuições, como forma de discutir o cenário do Judiciário atual e a necessidade de união para construir a Justiça do futuro pautada no equilíbrio e na valorização do seu quadro de pessoal.

Na avaliação do presidente do Sindjus-MA, o encontro foi muito proveitoso, não apenas dos debates propostos, mas da possibilidade de intervenção e encaminhamento de contribuições importantes para a construção do ambiente de trabalho ideal para boa prestação dos serviços da Justiça. O presidente também defendeu a união de entidades estaduais em torno de questões que afetam as categorias em cada um dos estados, com forma de fortalecer a luta de pautas comuns em nível nacional.

“Nosso encaminhamento é no sentido de defender que uma boa Justiça, no curso de todo processo, é construída por pessoas. Servidoras e servidores fazem parte desse contexto e precisam ser devidamente valorizados. Não podemos pensar o Judiciário do amanhã sob a perspectiva meramente tecnológica, mas humana. Somos nós, profissionais, que continuaremos conduzindo os processos de trabalho, atendendo os cidadãos, ouvindo as partes e entregando nossa força de trabalho para resolução dos litígios sociais. Portanto, é preciso pensar o quadro de pessoal e sua valorização de forma integral”, reforçou George Ferreira.

Ao pregar a união, o presidente do Sindjus-MA ainda lembrou que o cenário aponta para muitos desafios que se apresentam, com ameaças permanentes em torno de direitos já consolidados para milhares de servidoras e servidores públicos. Ele reafirmou a importância das entidades se manterem coesas e suas categorias mobilizadas para resistir a ataques, perseguições, tentativas de deslegitimar a luta e, ainda, a propostas de reformas que vêm para retirar direitos.

“Não podemos permitir qualquer tentativa de desmobilização. É momento de somar esforços, dentro dos estados e entre as entidades sindicais, para resistirmos a movimentos que resultem na perda de nossas garantias, conquistadas com o suor de pais e mães de família que escolheram a nobre missão de servir à sociedade por meio da Justiça. No Maranhão, o nosso Sindicato segue pautado pela bandeira de luta para conquistar direitos ainda não alcançados e para não aceitar a perda daqueles já implantados”, concluiu George Ferreira.

TROCA DE EXPERIÊNCIAS

Conforme avalia o secretário-geral do Sindjus-MA, Artur Estevam, encontros realizados nessa modalidade, proposta pela Fenajud, constituem mecanismos de compartilhamento de experiências, a troca de informações e a unificação de pautas que abrangem a todos os trabalhadores do Judiciário brasileiro. Ele também ressaltou a necessidade de refletir e debater mais a fundo aspectos relacionados ao emprego de algumas tecnologias, a exemplo da inteligência artificial (IA) nos processos de trabalho.

“A partir das discussões em Belém, percebemos que o avanço da automação dos procedimentos não está claro quanto aos reais benefícios que trará à sociedade e em que medida. A substituição da força de trabalho humana por IA pode trazer riscos à garantia de uma Justiça imparcial, além de tocar na sensível questão do compartilhamento de dados, inclusive de servidoras e servidores. Importante questionar se a disponibilidade desses dados com grandes corporações tecnológicas estrangeiras, pela própria administração do Judiciário, não estaria atuando em desfavor da independência e da soberania nacional”, questionou. Fonte: Portal SINDJUS-MA

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