E aconteceu o que a comunidade cientifica já previa: o fenômeno El Niño está provocando uma duríssima estiagem no Norte/Nordeste do Brasil, com danos e prejuízos agora visíveis também a todos os moradores da pobre Baixada Maranhense.
Nesta quarta feira, 27, integrantes do IHGV – Instituto Histórico e Geográfico de Viana fizeram uma visita ao Lago de Itans, em Matinha e registraram uma triste realidade: “O caso é mais grave do que imaginávamos. Atravessamos pelo meio do lago de carro, de um lado a outro. Só tem duas poças de água, onde os peixes procuram por oxigênio, não acham e morrem”, lamentou Geraldo Costa, membro do Instituto.
Assim como já acontece na Amazônia, onde o cenário já beira a catástrofe, se não forem implementadas medidas para mitigar os efeitos do aquecimento global, que potencializou o fenômeno El Niño neste ano, a Baixada também corre o risco de uma “savanização” ou de um semideserto, com prejuízos irreparáveis aos moradores ribeirinhos, ao seu frágil ecossistema e a economia da região mais abandonada do Estado do Maranhão.
Diques da Baixada
“O projeto Diques da Baixada prevê a construção de 71 quilômetros de diques, abrangendo os municípios de Viana, Matinha, São João Batista, São Vicente Férrer, Cajapió, São Bento e Bacurituba. A obra consiste em um sistema de diques e vertedouros, em sentido paralelo à margem da baía de São Marcos. Quem conhece bem a realidade social da Baixada sabe do grande alcance social e do impacto positivo desse projeto para a nossa microrregião. Sem exagero, ele representa a redenção dos municípios abrangidos, com melhoria imediata no IDH da população rural beneficiada”. (FDBM).
(Fotos e vídeos: Geraldo Costa)
ASSISTA AOS VÍDEOS: