A ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, matando 14 pessoas e deixando três desaparecidas. Das 18 pessoas que caíram no rio Tocantins, apenas uma sobreviveu. O colapso durou cerca de 15 segundos, e o vão central desabou em menos de um segundo.

A perícia durou mais de sete meses e usou drones, scanners a laser e modelagem 3D. O laudo apontou que a estrutura cedeu por causa de uma deformação no vão central, provocada pelo peso excessivo dos veículos.
Construída nos anos 1960, a ponte tinha um vão livre de 140 metros e não permitia a instalação de pilares no rio. Com o tempo, não suportou o aumento da frota e da carga na região. Uma reforma feita entre 1998 e 2000 alterou a estrutura, trocando o concreto original por uma nova camada de asfalto, o que pode ter comprometido a base.
Em 2020, um relatório técnico do Dnit já apontava sérios riscos, como vibrações e rebaixamento de 70 cm no vão central. As condições da ponte foram classificadas como “sofríveis e precárias”, com recomendação de reforma imediata, que não foi feita.
A PF investiga possíveis omissões. Segundo o delegado Allan Reis, o desastre não foi imprevisível: “Era plausível e anunciado”. O superintendente do Dnit no Tocantins foi exonerado em abril. Em nota, ele negou responsabilidade.
Uma nova ponte está sendo construída no local, com 630 metros de extensão e dois pilares centrais. A obra, que custará R$ 171 milhões, deve ser concluída em dezembro. O Informante.

Graduado em Jornalismo, Luiz Antonio Morais é pós-graduado em Design Gráfico e Publicitário. Mantém o blog desde 2008, um dos mais antigos do Estado.




